sexta-feira, 19 de novembro de 2010

STOP

Parei!
Não dessas paradas que poem um fim nas coisas...
Bem que poderia ser
Doeria menos parar assim
Queria que fosse uma parada nos sentimentos
Ou, quem sabe no tempo
Em algum momento que compartilhamos
Eu podia parar de procurar você
De buscar você,
De bajular você,
Ou de amar você
mas parei para escrever...
Falo dos meus sentimentos, ou eles falam de mim
Não os escrevo aqui!
Queria ter coragem de, em letras grandes, escrever
Eu te amo!
Talvez dizer...
mas esse não é o normal das coisas
Dizer que te amo é dizer adeus
nesse caso te amo em silêncio
Quem sabe se soubesse...
podia ser diferente
E isso eu temo
O diferente pode ser distante
O que não é o normal das coisas
E com isso eu não me acostumei
mas eu sei que você sabe!
Eu já falei que te amo?
Ah já! Inúmeras vezes!
mas você não entendeu...
Você sabe e não quer entender!
Então ficamos assim:
Eu te amo e você finge não saber
Eu não te conto e você fica perto.
Acredite...
Não posso te contar nada disso
No fundo é porque não tenho coragem
não tenho coragem é porque no fundo você voaria para longe
e esse não é o normal das coisas
e eu te ajudei a construir seu ninho aqui
Saiba... Te amo!
Leia e sinta...
Essas são palavras que eu te disse
Meu olhar, quando encontrei o seu
E você usava aquela camisa decotada...
Enfeitava a praia, enfeitava a praia!
Ah! Seus olhos...
E eu ainda lembro das nossas iniciais na sua mão...
Não duvide do que está lendo
Não é o normal das coisas
Foi eu mesmo que escrevi
pra você, por você, porque te amo
E eu já disse que te amo?
Ah não! nenhuma vez!
Mas você entendeu...
Eu devia ter enviado essa carta!
O que é o normal das coisas?
Oi
Te amo
Tchau
Não tenho coragem...
Oi 
Amo-te tchau
parei...
Oi, também te amo
E continuo com você
Paramos!

 Diego Ernandes

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

ISSO É MUITA SABEDORIA


Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue;outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho...o de mais nada fazer.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Minha Alma...

"Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música, tem o peso da palavra nunca dita, tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros."
Clarice Lispector